Na última quarta-feira (8), o site NBC New York revelou que Christopher Naples, de 42 anos, foi acusado de furtar energia de seu local de trabalho, em Suffolk (Virgínia, EUA), para minerar Bitcoin. Segundo a fonte, o servidor público atuava como supervisor na área de Tecnologia da Informação (TI) do condado há pelo menos 21 anos e teria custado aos cofres públicos pelo menos US$ 6.000 em contas de eletricidade — cerca de R$ 31.600 em conversão direta.
O caso foi descoberto após colegas de trabalho estranharem o repentino aumento da temperatura ambiente de algumas salas, ocasionando uma denúncia às autoridades. Adiante, uma vistoria foi realizada, revelando a presença de 46 dispositivos de mineração espalhados embaixo do assoalho de seis diferentes cômodos do escritório.
Inicialmente, Naples foi afastado de seu cargo e chegou a ser preso, mas logo foi liberado após confessar que o equipamento era seu. Agora, ele responderá pelos crimes de furto, invasão de computador, má conduta oficial e corrupção pública, conforme descreve o The New York Times. Se condenado, ele poderá enfrentar até 15 anos de detenção.
Segundo o promotor do caso, Timothy D. Sini, os supostos crimes cometidos por Naples não apenas custaram “milhares de dólares do contribuinte”, mas também colocaram a infraestrutura do condado de Suffolk em risco, já que os equipamentos estavam localizados em salas de servidores.
Nesta situação, o principal problema é a emissão de calor provocada pelo processo de mineração, que poderia superaquecer e prejudicar o funcionamento ideal de equipamentos importantes — além do gasto energético intrínseco. Segundo Sini, a temperatura ambiente chegou a cair 6,6°C em algumas salas logo após o desligamento do maquinário.
Embora a investigação não tenha definido o prejuízo total provocado por Naples, é possível que o valor seja significativamente alto, já que pelo menos 25% dos equipamentos estavam em funcionamento desde fevereiro deste ano. As autoridades não divulgaram os números acerca do rendimento do servidor público.