A Finlândia está enfrentando uma crise polêmica relacionada à segurança dos dados confidenciais de seus cidadãos. Conforme divulgado recentemente pela imprensa local do país nórdico, cibercriminosos teriam invadido os sistemas do Centro de Psicoterapia Vastaamo – uma das principais clínicas psiquiátricas da região – e sequestrado seu banco de dados com informações pessoais de pelo menos 40 mil pacientes.
De acordo com jornais finlandeses, o ataque ocorreu em novembro de 2018 e repetido em março de 2019; no entanto, os invasores teriam ficado “calados” até agora, quando decidiram pedir um resgate de 450 mil euros em criptomoedas para não utilizarem os prontuários clínicos para fins maliciosos. Com a aparente recusa de Vastaamo, os golpistas divulgaram dados sobre 300 vítimas em um site operado dentro da rede Tor.
Outros pacientes afirmam estar sendo vítimas de tentativas de extorsão, sendo contatados pelos agentes mal-intencionados com a opção de pagar 200 euros (R $ 1.300 na cotação da moeda atual) para manter suas anotações psiquiátricas privadas. Se a pessoa física não efetuar o pagamento nas primeiras 24 horas, o valor sobe para 500 euros (cerca de R $ 3.300). O atacante se identifica simplesmente como “ranson_man”.
Segundo o Helsinki Times, Ville Tapio, presidente-executivo do Vastaamo, foi afastado de suas atividades na segunda-feira (26). Os membros do conselho garantem que ele sabia dos ataques há 18 meses e não tomou nenhuma providência para tentar proteger os dados ou pelo menos alertar os pacientes sobre riscos iminentes. Devido à extensão do incidente, membros do governo finlandês estão se reunindo para discutir planos de ação.
Fonte: Dark Reading, Helsinki Times
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